Boa tarde!! Hoje nós vamos falar sobre a Birra
Você já parou para pensar por que as crianças fazem birra?
Aqui você vai descobrir tudo sobre a birra.
A birra é falta de educação? É culpa dos pais? A resposta para essas duas pergunta é não! Nem mesmo a criança tem culpa, porque isso faz parte do desenvolvimento.
Mas, o que é a birra?
De acordo com o autor dos livros O Cérebro da Criança e Disciplina Sem Drama, Daniel J. Siegel, define a birra como crise ou ataque emocional. Já a psicóloga Carolina Nascimento Lima, ela define a birra como uma forma das crianças expressarem suas emoções.
A birra acontece com crianças de 2 a 4 anos, pois é nessa fase que a criança não consegue se comunicar em palavras os sentimentos e desejos. A birra nada mais é do que um pedido de ajuda, quando algo não é feito da forma que ela deseja.
Por exemplo, uma situação que acontece nos lugares públicos:
Se o filho quer um brinquedo e você diz que não pode ou não tem condições de comprar o brinquedo que ele deseja, aí ele se joga no chão, grita e faz de tudo para você ceder aos desejos dele.
Soa familiar né? Dá vontade de ceder para a birra parar logo, o mais rápido possível, por ser desagradável.
Isso é normal e acontece!! Porém cada vez que você cede, mais a criança insiste naquilo que ela quer, do jeito que ela quer e quando ela quer. Isso não é legal!! Pois a criança passa a não saber esperar, respeitar regras e se não se frustrar, porque ela vai ter tudo que ela deseja, por comodismo nosso, acabamos dizendo "sim" para tudo.
Por que acontece?
Segundo a neurociência, a área que estuda o cérebro, mostra que o cérebro da criança reage de forma contrária a castigos, palmadas, berros.
O que precisamos fazer nesses momentos de tempestades emocionais, nos conectar com os nossos filhos o cérebro do andar de cima e depois redirecionar o comportamento deles para a direção pretendida.
Então, como lidar?
Crianças precisam de limites, certo? Precisam ouvir "não".
É importante entendermos que o "não", não é a negativa de algo e sim um direcionamento para o caminho.
Pense o limite como um cinto de segurança:
Se vemos isso como um sacrifício, uma coisa pesada, não fazemos. Por outro lado, se vemos como um sacro - ofício, uma ação sagrada, nós entendemos essa restrição como cuidado.
Quando falamos "não", estamos edificando, construindo, lapidando eles.
Você não está maltratando eles e sim cuidando deles. Esse é o ponto que quero chegar para começar com as dicas e orientações:
Antes de mais nada, se conectar, antes de redirecionar, ou seja tratar do comportamento é fundamental e se importar com seus filhos, que na prática diz: Você é importante pra mim!
Eis aqui algumas dicas:
• Conectar-se primeiro com o cérebro da criança, pois nas emoções, ela não está apta para aprender alguma lição.
•Atenta-se a segurança para a criança não se machucar em algum lugar.
• Dê colo para ela, o afeto e o acolhimento, o toque é muito importante.
•Assim que a criança se acalmar, conte a história do que aconteceu com ela, incentive ela expressar o que ela está sentindo.
•Redirecione, ou seja, trate do comportamento dela.
•Por mais que não tenha nada a ver para você, valide os sentimentos dela.
• Coloque limites com amor.
•Estabeleça combinados, ensina que em todos os lugares há regras e em casa também.
•Mostra que a obediência traz bênçãos para a vida dela.
•Incentive ela a pedir desculpas.
•Treine a criança a desenvolver a empatia, a olhar o outro.
A frustração faz parte da vida.
Nosso cérebro é movido por uso e desuso e se desenvolve por treino.
Eduque com amor e sem culpa!! Seja presente na vida do seu filho.
"Educação é lapidação." Leo Fraiman
Espero ter ajudado
Um abraço
Prof. Vany Haddad