Inclusão
Escolar e Adaptação do Currículo.
O que é
Inclusão?
A inclusão
implica uma mudança de perspectiva educacional, pois não atinge apenas alunos
com deficiência e os que apresentam dificuldades de aprender, mas todos os
demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral.
Incluir é
necessário, primordialmente para melhorar as condições da escola, de modo que
nela se possam formar gerações mais preparadas para viver a vida na sua
plenitude, livremente, sem preconceitos, sem barreiras.
Não podemos
contemporizar soluções, mesmo que o preço que tenhamos de pagar seja bem alto,
pois nunca será tão alto quanto o resgate de uma vida escolar marginalizada,
uma evasão, uma criança estigmatizada sem motivos.
Para ensinar a
turma toda, parte-se do fato de que os alunos sempre sabem alguma coisa, de que
todo educando pode aprender, mas no tempo e do jeito que lhe é próprio. Além do
mais, é fundamental que o professor nutra uma elevada expectativa em relação à
capacidade de progredir dos alunos e que não desista nunca de buscar meios para
ajudá-los a vencer os obstáculos escolares.
Trabalhar com
adaptação é construir ações em que o professor irá flexibilizar o objetivo, as
estratégias e as atividades direcionadas para os alunos com deficiência, essas
ações não visam reduzir os conteúdos, mas busca ajustar de forma que atenda as
condições de desenvolvimento para que todos os alunos participem e aprendam os
mesmos conhecimentos.
Para isso, o
professor precisa conhecer seu aluno para conseguir realizar as adaptações de
forma que desenvolva as potencialidades dele e pegar o conteúdo da turma e
adaptar de uma forma que a criança compreenda.
Algumas
precisam do currículo adaptado também. Não é só colocar a criança na sala de
aula, mas tornar aquele conteúdo acessível para ela.
A adaptação
curricular é de extrema importância para uma real inclusão da criança especial
no ambiente escolar. Com fatores sensoriais, sociais e de linguagem, esta
adaptação visa transformar a experiência da criança na escola o mais
confortável tanto para ela quanto para os pais.
O trabalho da
escola na adaptação curricular é de prover os conteúdos que serão trabalhos no
ano com antecedência aos pais ou especialista que estão trabalhando no caso da
criança. A instituição não pode se negar a fornecer materiais.
Entretanto, é
trabalho dos pais, no início de cada mês, solicitar as matérias que irão ser
trabalhados naquele período.
Os autistas,
por exemplo, precisam ser estimulados e terem vontade de fazer determinada
atividade.
Os conteúdos
precisam ser simples e reduzidos. Por isso, o material didático deve focar no
que realmente é importante para aluno e que possa ser aplicado no seu
cotidiano;
Evitar duplo
sentido. As metáforas e figuras de linguagem devem ser excluídas, pois elas são
um desafio para crianças autistas e podem causar desconforto e desestimular a
aprender.
Mesmo que a
criança não tenha comunicação verbal, é fundamental falar com ela. Essa fala
precisa ser clara, direta, com poucas interjeições, e sem espaço para dúvidas –
e se torna mais eficiente quando associada a gestos e expressões condizentes
com o que se quer comunicar.
As imagens e
desenhos são aliados nesses casos. O material didático deve ter bastantes
recursos visuais, pois o aluno com o TEA fica mais interessado para consultar e
interpretar os exercícios e atividades propostas. (Fonte: Neuroconecta)
Avalie os
limites das crianças e possibilidades de sensibilidade auditiva.
As crianças com
deficiência, precisam de um profissional de apoio na escola. Isso está na Lei,
embora muitas escolas não têm. Infelizmente temos profissionais sobrecarregados
devido a ausência desses profissionais.
A escola vai
muito além de aprender, e o que está no currículo. É um espaço em que os alunos
aprendem a socializar, sobre cidadania, cultura, habilidades de solução de
problemas, cuidados pessoais, comunicação e cooperação.
Na sala de
aula, o professor conduz esse processo. E a comunidade escolar, dá todo o
suporte necessário.
Atenção professores!
Não passem atividades de pontilhado, para não engessá-los com atividades prontas. Incluem seus alunos nas atividades que todos fazem, mas com adaptações, dessa forma eles serão incluídos e o aprendizado torna mais acessível e proveitoso.
Se o aluno se
desenvolve com um material adaptado ou com a presença de um acompanhante
especializado que o ajude na comunicação e na socialização, isso não significa
que o aluno está excluído do ambiente escolar.
Os
profissionais podem trabalhar juntos, para eles terem chances de se
desenvolver.
As pessoas com
deficiência, estudam e aprendem de forma diferente. É incluindo que os outros
alunos e toda comunidade escolar vão entender a importância da inclusão.
Todos ocupam o
mesmo espaço e têm o mesmo objetivo.
As crianças se
desenvolvem, aprendem e evoluem melhor em um ambiente rico e variado.
“Inclusão é um privilégio
de conviver com as diferenças.” Mantoan
Espero que
tenham gostado
Um abraço afetuoso
Profª Autista:
Vany Haddad
Referências e
perfis que inspirei para escrever esse texto:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
Acesso em 07.set.2024
MANTOAN, Maria
Tereza Égler. Inclusão Escolar: o que é? Por quê? Como fazer? 2 ed. São Paulo:
Moderna, 2006.
Sabrina Galaxe
Rebeca Haddad
Andrea Warner