sábado, 7 de setembro de 2024

Inclusão Escolar e Adaptação do Currículo

 

Inclusão Escolar e Adaptação do Currículo.

O que é Inclusão?

A inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, pois não atinge apenas alunos com deficiência e os que apresentam dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral.

Incluir é necessário, primordialmente para melhorar as condições da escola, de modo que nela se possam formar gerações mais preparadas para viver a vida na sua plenitude, livremente, sem preconceitos, sem barreiras.

Não podemos contemporizar soluções, mesmo que o preço que tenhamos de pagar seja bem alto, pois nunca será tão alto quanto o resgate de uma vida escolar marginalizada, uma evasão, uma criança estigmatizada sem motivos.

Para ensinar a turma toda, parte-se do fato de que os alunos sempre sabem alguma coisa, de que todo educando pode aprender, mas no tempo e do jeito que lhe é próprio. Além do mais, é fundamental que o professor nutra uma elevada expectativa em relação à capacidade de progredir dos alunos e que não desista nunca de buscar meios para ajudá-los a vencer os obstáculos escolares.

Trabalhar com adaptação é construir ações em que o professor irá flexibilizar o objetivo, as estratégias e as atividades direcionadas para os alunos com deficiência, essas ações não visam reduzir os conteúdos, mas busca ajustar de forma que atenda as condições de desenvolvimento para que todos os alunos participem e aprendam os mesmos conhecimentos.

Para isso, o professor precisa conhecer seu aluno para conseguir realizar as adaptações de forma que desenvolva as potencialidades dele e pegar o conteúdo da turma e adaptar de uma forma que a criança compreenda.

Algumas precisam do currículo adaptado também. Não é só colocar a criança na sala de aula, mas tornar aquele conteúdo acessível para ela.

A adaptação curricular é de extrema importância para uma real inclusão da criança especial no ambiente escolar. Com fatores sensoriais, sociais e de linguagem, esta adaptação visa transformar a experiência da criança na escola o mais confortável tanto para ela quanto para os pais.

O trabalho da escola na adaptação curricular é de prover os conteúdos que serão trabalhos no ano com antecedência aos pais ou especialista que estão trabalhando no caso da criança. A instituição não pode se negar a fornecer materiais.

Entretanto, é trabalho dos pais, no início de cada mês, solicitar as matérias que irão ser trabalhados naquele período.

Os autistas, por exemplo, precisam ser estimulados e terem vontade de fazer determinada atividade.

Os conteúdos precisam ser simples e reduzidos. Por isso, o material didático deve focar no que realmente é importante para aluno e que possa ser aplicado no seu cotidiano;

Evitar duplo sentido. As metáforas e figuras de linguagem devem ser excluídas, pois elas são um desafio para crianças autistas e podem causar desconforto e desestimular a aprender.

Mesmo que a criança não tenha comunicação verbal, é fundamental falar com ela. Essa fala precisa ser clara, direta, com poucas interjeições, e sem espaço para dúvidas – e se torna mais eficiente quando associada a gestos e expressões condizentes com o que se quer comunicar.

As imagens e desenhos são aliados nesses casos. O material didático deve ter bastantes recursos visuais, pois o aluno com o TEA fica mais interessado para consultar e interpretar os exercícios e atividades propostas. (Fonte: Neuroconecta)

Avalie os limites das crianças e possibilidades de sensibilidade auditiva.

As crianças com deficiência, precisam de um profissional de apoio na escola. Isso está na Lei, embora muitas escolas não têm. Infelizmente temos profissionais sobrecarregados devido a ausência desses profissionais.

 

A escola vai muito além de aprender, e o que está no currículo. É um espaço em que os alunos aprendem a socializar, sobre cidadania, cultura, habilidades de solução de problemas, cuidados pessoais, comunicação e cooperação.

Na sala de aula, o professor conduz esse processo. E a comunidade escolar, dá todo o suporte necessário.

 Atenção professores!

Não passem atividades de pontilhado, para não engessá-los com atividades prontas. Incluem seus alunos  nas atividades que todos fazem, mas com adaptações, dessa forma eles serão incluídos e o aprendizado torna mais acessível e proveitoso.

Se o aluno se desenvolve com um material adaptado ou com a presença de um acompanhante especializado que o ajude na comunicação e na socialização, isso não significa que o aluno está excluído do ambiente escolar.

Os profissionais podem trabalhar juntos, para eles terem chances de se desenvolver.

As pessoas com deficiência, estudam e aprendem de forma diferente. É incluindo que os outros alunos e toda comunidade escolar vão entender a importância da inclusão.

Todos ocupam o mesmo espaço e têm o mesmo objetivo.

As crianças se desenvolvem, aprendem e evoluem melhor em um ambiente rico e variado.

“Inclusão é um privilégio de conviver com as diferenças.” Mantoan

Espero que tenham gostado

 

Um abraço afetuoso

Profª Autista: Vany Haddad

 

Referências e perfis que inspirei para escrever esse texto:

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em 07.set.2024

 

MANTOAN, Maria Tereza Égler. Inclusão Escolar: o que é? Por quê? Como fazer? 2 ed. São Paulo: Moderna, 2006.

 

Sabrina Galaxe

Rebeca Haddad

Andrea Warner

Nenhum comentário:

Postar um comentário