Bom dia!!
Hoje vamos falar sobre o TOD: Transtorno Opositivo Desafiador
Segundo o DSM – V, a característica essencial do TOD é um
padrão recorrente de comportamento negativista, desafiador, desobediente e
hostil para com figuras de autoridade, padrão este que persiste por pelo menos
seis meses e se caracteriza pela ocorrência de pelo menos quatro dos seguintes
comportamentos: perder a paciência; discutir com adultos; desafiar ativamente
ou recusar-se a obedecer a solicitações/ regras dos adultos; deliberadamente
fazer coisas que aborrecem outras pessoas; responsabilizar outras pessoas por
seus próprios erros ou mau comportamento; ser suscetível ou facilmente
aborrecido pelos outros; mostrar-se enraivecido e ressentido ou ser rancoroso e
vingativo.
O Transtorno Opositivo
Desafiador é caracterizado por padrões persistentes de comportamento negativista,
desobediente e hostil para com figuras de autoridade e por incapacidade de
assumir responsabilidade por erros, colocando a culpa nos outros
A Criança com T.O.D tem dificuldades em assumir seus erros! O
senso de injustiça predomina e sempre aponta "o outro" como o motivo
de seu comportamento incontrolável!
O TOD
pode ser caracterizado como uma condição na qual a criança adota uma postura de
teimosia frequente, além de hostilidade e lado desafiador (como o nome já
mostra). Interessante ressaltar que não existe na literatura médica algo que
mostre sua causa, mas sabe-se que o ambiente a qual o pequeno está inserido
pode ser crucial para influenciá-lo.
É válido dizer que a maioria das pessoas costuma pensar no
fato de a criança já nascer com os sintomas do TOD. O que muitas
famílias não sabem ainda é que aspectos neurobiológicos podem causar o
transtorno.
Uma dica é saber que os comportamentos identificados no TOD
não devem ser considerados normais, ou seja, se a criança manifesta um, dois ou
mais características dos aspectos citados anteriormente (desobediência,
irritabilidade e agressões gratuitas). É preciso investigar, mas, para isso,
somente profissionais são capazes de certificar a existência do transtorno
opositivo desafiador.
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5),
publicado pela American Psychiatric Association, lista os critérios para o
diagnóstico de TDO. Os critérios do DSM-5 incluem questões emocionais e
comportamentais que duram pelo menos seis meses.
Humor zangado e irritável:
- Frequentemente e facilmente perde a paciência
- É frequentemente sensível e facilmente
incomodado pelos outros
- Muitas vezes fica com raiva e ressentido
Comportamento argumentativo e desafiador:
- Discute com adultos ou pessoas em posição de
autoridade
- Desafia ativamente ou se recusa a obedecer às
solicitações ou regras dos adultos
- Irrita ou perturba deliberadamente as pessoas
- Culpa os outros por seus erros ou mau
comportamento
Vingança:
- Muitas vezes é rancoroso ou vingativo
- Demonstrou comportamento rancoroso ou
vingativo pelo menos duas vezes nos últimos seis meses
TOD pode variar em gravidade:
- Suave. As características ocorrem apenas em um
ambiente, como apenas em casa, escola, trabalho ou com colegas.
- Moderado. Algumas características ocorrem em
pelo menos duas configurações.
- Forte. Algumas características ocorrem em três
ou mais configurações.
Para algumas crianças, as características podem ser vistas inicialmente apenas em casa, mas com o tempo estendem-se a outros ambientes, como escola e amigos.
É necessário entender que a criança não é ruim, com
más intenções.
Ela apenas não sabe lidar com o “não”,
regras e contrariedades.
Assim como existem crianças que já nascem
prontas para lidar com frustrações, também existem crianças que nascem com
dificuldades de entenderem regras e rotinas e precisam de apoio e suporte de
seus pais e cuidadores.
O TOD na escola
Na escola, conhecer sobre o TOD poderá auxiliar a
equipe docente e os professores em sala de aula, visto que o TOD, geralmente
associado a outros transtornos, contribui para o baixo rendimento escolar, desinteresse,
desatenção, desmotivação, rebeldia, agressividade, entre outros fatores.
O desconhecimento sobre o TOD por parte das famílias
e dos profissionais da educação pode fazer com que o indivíduo seja visto como
não tendo limites, como uma pessoa hiperativa, desobediente, irritante etc.
Contudo, ao se conhecer e adequadamente se tratar, o TOD poderá ter seus
efeitos reduzidos e fazer com que o indivíduo – criança ou adolescente - leve
uma vida mais controlada, com melhor qualidade, mais feliz e sentindo-se em
igualdade com demais colegas de turma.
A identificação do TOD não é fácil, visto que o
indivíduo tende a não desafiar pessoas desconhecidas, que venham examiná-lo.
Ele é inteligente e perspicaz e não quer receber um rótulo, que sabe que virá,
depois do diagnóstico médico.
Tal quadro leva a dificuldades de tempo e de avaliação para analisar
regras e opiniões alheias e intolerância às frustrações, levando a reações
agressivas, intempestivas, sem qualquer diplomacia ou controle emocional. Essas
crianças costumam ser discriminadas, perdem oportunidades e desfazem círculos
de amizades. Não raro, sofrem bullying e são retiradas de eventos sociais e de
programações da escola por causa de seu comportamento difícil.
Os pais evitam sair ou passear com elas e muitas vezes as deixam com
parentes ou em casa. Entre os irmãos, são preteridos, mal falados e
considerados como “ovelhas negras” tratados, assim, diferentes e mais
criticados pelos pais.
Algumas dicas para a criança com TOD:
Algumas dicas:
– Nunca use de agressividade e Violência;
– Fortaleça a autoestima da criança, fazendo-a
sempre se superar em boas ações;
-Tenha cuidado ao discutir algo da relação de
casal perto da criança (caso more com o cônjuge);
– Em absolutamente todas as situações utilize a
boa conversa;
– Trabalho em equipe com Práticas de esportes e
atividades em equipe geram disciplina, assim como, cooperação e dinamismo;
– Repreender sempre, porém, com calma e sabedoria;
– Cuide-se! Você cuidador, precisa estar bem para
conseguir ajudar quem tem TOD.
Depois de respirar fundo, seguem
algumas orientações:
1. Incentive que o pequeno expresse
os motivos de sua insatisfação;
2. Proponha uma atividade que distraia a criança;
3. Use coisas que o pequeno goste para acalmá-lo;
4. Dê um tempo;
5. Depois que a poeira baixar, sentem-se para
conversar.
É importante olhar nos olhos do seu
filho, pois o contato visual ativa regiões do cérebro relacionadas à cognição,
emoção e ação e nos dá pistas de como estamos sendo recebidos.
Ao olhar nos olhos de alguém, é possível que as
mesmas áreas se ativem no cérebro das duas pessoas.
Usamos esse contato para "ler a mente"
do outro e tentar entender se é possível se aproximar e de que forma, gerando
empatia;
O TOD. não pode impedir uma família
de desfrutar momentos preciosos juntos!
Nunca duvide da capacidade das
crianças!!
Espero que tenham gostado
Um abraço
Profª Vany Haddad
Referência Bibliográfica
APA – Apsychiatric Association. Manual Diagnóstico de Transtornos
Mentais – DSM – 5. Porto Alegre: Artmed, 2014.
Entenda O Que É Transtorno Opositor Desafiador (TOD) Disponível em: https://institutoneurosaber.com.br/entenda-o-que-e-o-transtorno-opositivo-desafiador-tod/ Acesso em: 06.mai.2022
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