sexta-feira, 6 de maio de 2022

TOD: Transtorno Opositivo Desafiador

 Bom dia!!

Hoje vamos falar sobre o TOD: Transtorno Opositivo Desafiador

Segundo o DSM – V, a característica essencial do TOD é um padrão recorrente de comportamento negativista, desafiador, desobediente e hostil para com figuras de autoridade, padrão este que persiste por pelo menos seis meses e se caracteriza pela ocorrência de pelo menos quatro dos seguintes comportamentos: perder a paciência; discutir com adultos; desafiar ativamente ou recusar-se a obedecer a solicitações/ regras dos adultos; deliberadamente fazer coisas que aborrecem outras pessoas; responsabilizar outras pessoas por seus próprios erros ou mau comportamento; ser suscetível ou facilmente aborrecido pelos outros; mostrar-se enraivecido e ressentido ou ser rancoroso e vingativo.

O Transtorno Opositivo Desafiador é caracterizado por padrões persistentes de comportamento negativista, desobediente e hostil para com figuras de autoridade e por incapacidade de assumir responsabilidade por erros, colocando a culpa nos outros


A Criança com T.O.D tem dificuldades em assumir seus erros! O senso de injustiça predomina e sempre aponta "o outro" como o motivo de seu comportamento incontrolável!

O TOD pode ser caracterizado como uma condição na qual a criança adota uma postura de teimosia frequente, além de hostilidade e lado desafiador (como o nome já mostra). Interessante ressaltar que não existe na literatura médica algo que mostre sua causa, mas sabe-se que o ambiente a qual o pequeno está inserido pode ser crucial para influenciá-lo.
É válido dizer que a maioria das pessoas costuma pensar no fato de a criança já nascer com os sintomas do TOD. O que muitas famílias não sabem ainda é que aspectos neurobiológicos podem causar o transtorno.

Uma dica é saber que os comportamentos identificados no TOD não devem ser considerados normais, ou seja, se a criança manifesta um, dois ou mais características dos aspectos citados anteriormente (desobediência, irritabilidade e agressões gratuitas). É preciso investigar, mas, para isso, somente profissionais são capazes de certificar a existência do transtorno opositivo desafiador.

 

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), publicado pela American Psychiatric Association, lista os critérios para o diagnóstico de TDO. Os critérios do DSM-5 incluem questões emocionais e comportamentais que duram pelo menos seis meses.

Humor zangado e irritável:

  • Frequentemente e facilmente perde a paciência
  • É frequentemente sensível e facilmente incomodado pelos outros
  • Muitas vezes fica com raiva e ressentido

Comportamento argumentativo e desafiador:

  • Discute com adultos ou pessoas em posição de autoridade
  • Desafia ativamente ou se recusa a obedecer às solicitações ou regras dos adultos
  • Irrita ou perturba deliberadamente as pessoas
  • Culpa os outros por seus erros ou mau comportamento

Vingança:

  • Muitas vezes é rancoroso ou vingativo
  • Demonstrou comportamento rancoroso ou vingativo pelo menos duas vezes nos últimos seis meses

TOD pode variar em gravidade:

  • Suave. As características ocorrem apenas em um ambiente, como apenas em casa, escola, trabalho ou com colegas.
  • Moderado. Algumas características ocorrem em pelo menos duas configurações.
  • Forte. Algumas características ocorrem em três ou mais configurações.

Para algumas crianças, as características podem ser vistas inicialmente apenas em casa, mas com o tempo estendem-se a outros ambientes, como escola e amigos.

É necessário entender que a criança não é ruim, com más intenções.

Ela apenas não sabe lidar com o “não”, regras e contrariedades.

Assim como existem crianças que já nascem prontas para lidar com frustrações, também existem crianças que nascem com dificuldades de entenderem regras e rotinas e precisam de apoio e suporte de seus pais e cuidadores.

 

O TOD na escola

Na escola, conhecer sobre o TOD poderá auxiliar a equipe docente e os professores em sala de aula, visto que o TOD, geralmente associado a outros transtornos, contribui para o baixo rendimento escolar, desinteresse, desatenção, desmotivação, rebeldia, agressividade, entre outros fatores.

O desconhecimento sobre o TOD por parte das famílias e dos profissionais da educação pode fazer com que o indivíduo seja visto como não tendo limites, como uma pessoa hiperativa, desobediente, irritante etc. Contudo, ao se conhecer e adequadamente se tratar, o TOD poderá ter seus efeitos reduzidos e fazer com que o indivíduo – criança ou adolescente - leve uma vida mais controlada, com melhor qualidade, mais feliz e sentindo-se em igualdade com demais colegas de turma.

A identificação do TOD não é fácil, visto que o indivíduo tende a não desafiar pessoas desconhecidas, que venham examiná-lo. Ele é inteligente e perspicaz e não quer receber um rótulo, que sabe que virá, depois do diagnóstico médico.

Tal quadro leva a dificuldades de tempo e de avaliação para analisar regras e opiniões alheias e intolerância às frustrações, levando a reações agressivas, intempestivas, sem qualquer diplomacia ou controle emocional. Essas crianças costumam ser discriminadas, perdem oportunidades e desfazem círculos de amizades. Não raro, sofrem bullying e são retiradas de eventos sociais e de programações da escola por causa de seu comportamento difícil.

Os pais evitam sair ou passear com elas e muitas vezes as deixam com parentes ou em casa. Entre os irmãos, são preteridos, mal falados e considerados como “ovelhas negras” tratados, assim, diferentes e mais criticados pelos pais.

 

Algumas dicas para a criança com TOD:

Algumas dicas:

– Nunca use de agressividade e Violência;

– Fortaleça a autoestima da criança, fazendo-a sempre se superar em boas ações;

-Tenha cuidado ao discutir algo da relação de casal perto da criança (caso more com o cônjuge);

– Em absolutamente todas as situações utilize a boa conversa;

– Trabalho em equipe com Práticas de esportes e atividades em equipe geram disciplina, assim como, cooperação e dinamismo;

– Repreender sempre, porém, com calma e sabedoria;

– Cuide-se! Você cuidador, precisa estar bem para conseguir ajudar quem tem TOD.

Depois de respirar fundo, seguem algumas orientações:

1. Incentive que o pequeno expresse os motivos de sua insatisfação;

2. Proponha uma atividade que distraia a criança;

3. Use coisas que o pequeno goste para acalmá-lo;

4. Dê um tempo;

5. Depois que a poeira baixar, sentem-se para conversar.

 

É importante olhar nos olhos do seu filho, pois o contato visual ativa regiões do cérebro relacionadas à cognição, emoção e ação e nos dá pistas de como estamos sendo recebidos.
Ao olhar nos olhos de alguém, é possível que as mesmas áreas se ativem no cérebro das duas pessoas.
Usamos esse contato para "ler a mente" do outro e tentar entender se é possível se aproximar e de que forma, gerando empatia;

O TOD. não pode impedir uma família de desfrutar momentos preciosos juntos!

Nunca duvide da capacidade das crianças!!

Espero que tenham gostado

 

Um abraço

 

Profª Vany Haddad

 

Referência Bibliográfica

APA – Apsychiatric Association. Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais – DSM – 5. Porto Alegre: Artmed, 2014.

Entenda O Que É Transtorno Opositor Desafiador (TOD) Disponível em:  https://institutoneurosaber.com.br/entenda-o-que-e-o-transtorno-opositivo-desafiador-tod/ Acesso em: 06.mai.2022

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