quarta-feira, 13 de abril de 2022

Afeto Forçado

Boa noite!!
Hoje vamos falar sobre um tema polêmico, porém muito sério: o afeto forçado e quanto isso prejudica tanto a autoestima da criança a ponto de ela não ter liberdade de expressar seu afeto com as pessoas. 

Diga oi para sua tia, "Dá um abraço na vovó" ou "Deixe seu tio te dar um beijo"
Certamente você já escutou ou falou essas frases para a criança.
O problema é que são propostas comuns em qualquer visita de família. 
Porém, muitas vezes são momentos desconfortáveis já que as crianças se recusam enquanto os pais as forçam a dar carinho. Isto é conhecido como carinho forçado.
Os beijos e abraços são delas e não são obrigatórios. 
As crianças escolhem a quem e quando mostrar o seu afeto e os adultos devem respeitar. Pois o corpo e a decisão são delas.


Jamais obrigue seus filhos a darem beijos e abraços nas pessoas que eles não querem, mesmo sendo da família. Respeito é a melhor forma de conviver e as crianças merecem.
Respeite o corpo delas. 

Espero que tenham gostado 

Um abraço 

Prof. Vany Haddad 


Referência Bibliográfica:


Não Obrigue a Criança Demonstrar Carinho se Não Sente Vontade.

domingo, 3 de abril de 2022

⁣Tummy Time: Definição e Curiosidades

 Boa tarde!!

Hoje vamos falar sobre Tummy Time e as curiosidades.

O que é Tummy Time?

O Tummy Time ou “Tempo de barriga para baixo” é uma forma de atividade física recomendada para lactentes com idade inferior a 6 meses, e alguns estudos sugerem sua efetividade na aquisição dos marcos motores. Foi criado em 1970 pela Academia Americana de Pediatria.

O Tummy Time, e suas repercussões no desenvolvimento motor de lactentes, já vem sendo estudado por alguns anos, chegando a pertencer às diretrizes de saúde da criança de alguns países e às recomendações da OMS. No entanto, no Brasil, poucos estudos foram desenvolvidos. 

A Academia Americana de Pediatria (AAP) aconselha os pais a colocarem os bebês acordados e supervisionados em suas barrigas, de duas a três vezes ao dia por três a cinco minutos cada vez, aumentando sua duração conforme os bebês aprendem a gostar da posição.

É recomendada a sua prática diária, iniciando ao nascimento, de duas a três vezes, com duração de 3 a 5 minutos, e evoluindo gradativamente para o ideal mínimo de 30 minutos, até os 6 meses de idade. A superfície em que é realizado pode variar das mais estáveis, como o chão, às mais instáveis, como numa bola suíça, e interativas, como o colo do cuidador. E os estímulos ofertados durante a prática, também variam à critério dos responsáveis.

É importante falar que essa posição não é recomendada para o bebê dormir, pelo risco de morte súbita. É para você fazer com o bebê durante o dia, com ele bem espertinho.

 

Qual a importância do Tummy Time?

 

Ajuda a fortalecer a região do pescoço, dos braços, pernas e abdômen preparando o bebê já para o rolar, sentar, engatinhar e andar;

 

Estimula a visão e audição porque ele começa a ver as coisas em volta. Se ele fica na mesma posição o tempo todo, ele vê as coisas na mesma posição;

 

Ajuda no equilíbrio;

 

Permite o bebê movimentar a cabeça para os lados e evita a plagiocefalia posicional que é quando a cabeça do bebê fica mais achatada para um lado ou para o outro.

 

 

Significado de plagiocefalia:

A plagiocefalia é um tipo de assimetria que acontece no crânio de bebês, além de uma doença congênita. Pode ser causada tanto por malformação do crânio quanto por outras síndromes ligadas a demais partes do corpo.

 

Espero que tenham gostado

 

Um abraço

 

Profª Vany

 

Referências Bibliográficas

REPERCUSSÃO DA PRÁTICA DO TUMMY TIME SOBRE OS MARCOS MOTORES DE LACTENTES. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31441/1/RepercussaopraticaTummy_Silva_2020.pdf Acesso em: 03.abril.2022

TUMMY TIME, O TEMPO DA BARRIGA: A IMPORTÂNCIA DA POSIÇÃO PRONO EM BEBÊS PARA UM BOM DESENVOLVIMENTO MOTOR

Disponível em: https://seer.unifunec.edu.br/index.php/forum/article/view/4304/3382 Acesso em: 03.abril.2022

 

 

 


sábado, 2 de abril de 2022

A Importância da Psicomotricidade no Desenvolvimento Infantil

 

Hoje vamos falar sobre a psicomotricidade e a importância dela no desenvolvimento infantil.

 

A psicomotricidade é uma abordagem educativa, reeducativa e terapêutica, ela destaca a relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade. A educação psicomotora favorece à criança uma relação consigo mesma, com o outro e com o mundo que a cerca.

É uma ciência que existe há mais de 70 anos, como a proposta de uma visão integral do ser humano nas áreas: Emocionais, Cognitivas e Motoras, tendo um olhar diferenciado nessas áreas em cada fase do desenvolvimento, quando entendemos essa questão fundamental uma chave vira e nosso olhar fica muito mais completo, nos dando segurança para entender e intervir no processo de Neurodesenvolvimento dos nossos pequenos.

Os 5 primeiros anos são uma fase de ouro, que estruturam todas as nossas funções corticais superiores, nos dão modelos de socialização, nos abrem portas que poderão ser muito bem estimuladas.

psicomotricidade surgiu no início do século XIX, a partir do discurso médico, o corpo passou a ser estudado por neurologistas com o objetivo de compreender as estruturas cerebrais, e posteriormente, por psiquiatras para conhecer as patologias mentais.

Em 1925, Henry Wallon, médico psicólogo, ocupa-se do movimento humano dando-lhe uma categoria fundante como instrumento na construção do psiquismo. Esta diferença permite a Wallon relacionar o movimento ao afeto, à emoção, ao meio ambiente e aos hábitos do indivíduo.

O trabalho da Psicomotricidade voltado para o pleno desenvolvimento do indivíduo deve pautar-se nesta visão de que o homem não nasce humano ele humaniza-se ao longo da história, através das suas relações com o meio social.

A psicomotricidade está relacionada ao conhecimento profundo que procura adquirir entendimento do movimento humano, considerando o ser em sua totalidade é um meio que presta ajuda para um melhor no desenvolvimento. Nos estudos da psicomotricidade tem destaque na sua importância e conecta o movimento ao afeto e a emoção (FONSECA,2018)

Em síntese, o cérebro ilumina-se, ativa-se e desenvolve-se por meio dos padrões da motricidade do corpo.

A motricidade é um comportamento, ou seja, é um ato e um gesto, muito mais do que o exercício físico.

A criança desde o nascimento apresenta potencialidades para desenvolver-se, mas que ela não depende só da maturação dos processos orgânicos, senão também do intercâmbio com o outrem e que isto é da maior importância na primeira infância. Este intercâmbio tem uma influência determinante na orientação do temperamento e da personalidade e é através destas relações com as outras pessoas que o “ser” se descobre e que a personalidade se constrói pouco a pouco.

 

No recém-nascido os movimentos são reflexos musculares, que correspondem a um estímulo, mas que ajudarão: na respiração, na digestão, ao intestino e tonificarão os músculos, chamados movimentos de ginástica. Com seu crescimento e estes estímulos a criança começa a engatinhar, a ficar de pé e andar. Durante esse mesmo tempo, abre e fecha as mãos, já pega os objetos e lança-os para longe. Conhece seu próprio corpo, possui o equilíbrio necessário e seu ritmo próprio, para que tudo isso aconteça. Novas experiências, com mais independência acontecerão e sem dúvida a presença materna e o meio em que vive será de grande importância.

As fases da Psicomotricidade:

1ª Fase (0-3meses) – período em que a educação motora será essencialmente baseada na descontração.

2ª Fase (3-6meses) – período de ginástica de preparação para posição sentada.

3ª Fase (6-12meses) – período de movimento global, de aquisição da posição sentada, de preparação à posição de pé.

4ª Fase (9-15meses e além) – período de jogos, de aquisição da posição de pé, de preparação à independência. Em cada uma dessas fases pode ser encontrada grande variedade de movimentos e benefícios, cabe a cada pessoa escolher e adaptar os movimentos mais convenientes à criança e a pessoa que toma conta dela.

Olhar fixamente para os movimentos das crianças podem facilitar atividades, dinâmicas que as envolvam em diversos movimentos, propor brincadeiras que estimulem a movimentação corporal, são fatores indispensáveis para um bom resultado educacional.

O tônus muscular é a atividade primitiva e permanente do músculo; além de traduzir a vivência emocional do organismo, é o alicerce das atividades práticas

Pode ser entendido como grande tensão que tem nos músculos em todo o movimento da vida, até quando dorme. Durante o crescimento da criança existe um favorecimento do aumento da flexibilidade dos músculos, com a aquisição de movimentos cada vez mais controlados, na medida em que desaparecem os reflexos primitivos.  

O equilíbrio é o conjunto de aptidões e pode ser estático onde seu controle é essencial para a aprendizagem, para equilibrar-se sobre um pé só, ao inclinar-se verticalmente para os lados etc. ou pode ser dinâmico, na qual está em estreita relação com as funções tônico-motoras, a exemplo: quando a criança sobe e desce escadas, quando ela sabe andar de bicicleta sem rodinhas, quando anda por cima de latas ou caminha levando um copo com água na mão, quando anda na perna de pau, etc.

 

Além da parte motora, as atividades de psicomotricidade podem ajudar a criança no desenvolvimento de seu raciocínio, imaginação, criatividade, afetividade e socialização. (BRASIL, 1998).

O desenvolvimento motor serviu para expressar um aspecto do processo desenvolvimentista total e está inter-relacionado às áreas cognitivas e afetivas do comportamento humano, sendo exercida uma ascendência psicológica ou intelectual por muitos fatores. O mérito do desenvolvimento motor ideal não deve ser minimizado ou considerado como secundária em relação a outras áreas do desenvolvimento. Portanto, o processo do desenvolvimento motor revela-se basicamente por alterações no comportamento motor, do bebê e as crianças, é um envolvido no processo permanente de aprender a mover-se eficientemente, em reação ao que enfrentamos diariamente em um mundo em constante modificação.

A educação psicomotora envolve alguns elementos, sendo eles: a aquisição do esquema corporal, definindo a lateralidade, a orientação espacial, desenvolvimento da coordenação motora, equilíbrio e a flexibilidade; controle da inibição voluntária, melhorando, o nível de abstração, concentração, reconhecimento dos objetos através dos sentidos (auditivo, visual etc.), desenvolvimento socioafetivo, reforçando as atitudes de lealdade, companheirismo e solidariedade.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil. Secretaria de Educação Básica. Brasília, MEC, SEB, 2010.

Psicomotricidade na Educação Infantil. Disponível em: https://institutoneurosaber.com.br/psicomotricidade-na-educacao-infantil/ Acesso em: 02. abril.2022

HISTÓRICO DA PSICOMOTRICIDADE. Disponível em: https://psicomotricidade.com.br/historico-da-psicomotricidade/ Acesso em: 02. abril.2022

A Psicomotricidade na escola: sua relevância no processo de escolaridade. Disponível em:

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_uem_edespecial_pdp_rosiney_aparecida_travaglia_gomes.pdf   Acesso em: 02. abril.2022

FONSECA, Vitor da. Neuropsicomotricidade: ensaio sobre as relações entre corpo, motricidade, cérebro e mente. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2018