
Hoje vamos falar sobre o Autismo. Esse tema, será dividido em 4 partes.
Nessa primeira parte vamos entender a história, as definições, as curiosidades e os graus do Autismo.
O Autismo foi descrito pela primeira vez em 1943 pelo Dr. Léo Kanner (médico austríaco residente em Baltamore, nos EUA), escreveu um artigo originalmente em inglês. O conceito de Autismo tem como definição uma doença das linhas das psicoses, caracterizada por isolamento extremo, alterações de linguagem representada pela ausência de finalidade comunicativa, rituais do tipo obsessivo com tendência a mesmice e movimentos repetitivos.
Nesta abordagem, a doença tinha suas origens em problemas nas primeiras relações afetiva entre a mãe e o filho, que comprometiam o contato social, ideia extremamente definida até meados dos anos 70, mas atualmente é definido como um conjunto de base orgânica, com implicações neurológicas e genéticas.
Hoje o Autismo é uma área de intenso interesse em que diferentes estudos estabelecem e promovem desde alterações conceituais até modificações terapêuticas de fundamental importância.
O “isolamento autístico extremo”, levava as pessoas a negligenciar ou recusar o contato com o ambiente, e esse comportamento podia estar presente. Assim, algumas mães costumavam recordar que o filho não fazia contato visual com as pessoas. Evidente que a maior parte desse sinal do autismo era identificada respectivamente de modo que o problema na aquisição de fala, costumava ser os sinais de que algo estava errado.
As crianças também tinham dificuldade em generalizar conceitos, tendo a usá-los de modo lateral e associada no qual foram ouvidos pela primeira vez. Até os cinco ou seis anos, apresentavam ecolalia e não usavam o pronome “eu” para se referirem a si mesma. Para manifestarem um desejo, repetiam com a mesma entonação a frase ou pergunta que haviam escutado de outros.
Ainda nos anos 60, apareciam os primeiros sinais da concepção que nas décadas seguintes se constituirá uma nova hegemonia no campo psiquiátrico. Três dessa mudança, bastante interdependentes entre si, merecem ser destacados.
Definições
O Autismo é uma perturbação global do desenvolvimento infantil que se prolonga por toda a vida e evolui com a idade.
A causa do Autismo é desconhecida, no entanto, alguns investigadores atribuem-no as alterações bioquímicas, mas todos os outros o associam a distúrbios metabólicos hereditários, encefalites, meningite, rubéola, contraída antes do nascimento, ou lesões cerebrais. Porém, existem bastante incertezas e dúvidas na relação do Autismo com outras doenças. Contudo, o Autismo afeta o Sistema Nervoso, em diferentes áreas: capacidade de interação social e de comunicação, são algumas áreas afetadas.
Muitos autistas não têm linguagem verbal e noutros casos o uso da linguagem é muito limitado ou literal.
Os autistas, seguem rotinas de forma extremamente rígida, ficando perturbados quando qualquer acontecimento impede ou modifica essas rotinas, muitas vezes, a frequência do balanço do corpo, os gestos e os sons repetitivos, acontece em situações de maior ansiedade ou irritação e quando não o entende.
O único estudo epidemiológico no Brasil, estimou uma prevalência de 0,3% de crianças autistas, mas estudos recentes demonstram nos Estados Unidos e na Coréia do Sul, a prevalência de mais de 1%.
Pesquisas relatam que as crianças autistas atualmente respondem muito bem a intervenção precoce e intensiva (antes dos 5 anos), às estratégias de manejo dos comportamentos, ações educacionais e saúde integrada. A demanda por informação e orientação nessa área tem aumentado devido às mudanças recentes da legislação educacional, que agora exigem a inclusão do indivíduo diagnosticado com autismo na escola.
É conhecido como Transtorno do Espectro Autista.
"De acordo com o último Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), o Transtorno do Espectro do Autismo “é definido pela presença de déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, atualmente ou por história prévia" (fonte: Neuroconecta).
Autismo não tem cura - Autismo tem tratamento.
Por não se tratar de doença, logicamente não tem cura, porém tem tratamento e este deve acontecer ao longo de toda a vida, pois o tratamento possibilita que a pessoa autista possa se desenvolver, adquirir habilidades sociais e conquistar autonomia e independência.
Autismo não se adquire ao longo da vida - Autismo pode ser diagnosticado ao longo da vida.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o autismo não pode ser desenvolvido ao longo da vida. Uma pessoa não "vira" autista porque recebeu o diagnóstico. Na verdade o autismo sempre esteve ali, as dificuldades também, a diferença é que com o diagnóstico passa-se a ter conhecimento das razões pelas quais essas dificuldades se fazem presentes e assim a pessoa passa a ter maiores chances de conhecer a si mesma, receber o tratamento adequado e ter mais qualidade de vida.
Autismo não tem cura - Autismo tem tratamento.
Por não se tratar de doença, logicamente não tem cura, porém tem tratamento e este deve acontecer ao longo de toda a vida, pois o tratamento possibilita que a pessoa autista possa se desenvolver, adquirir habilidades sociais e conquistar autonomia e independência.
Autismo não se adquire ao longo da vida - Autismo pode ser diagnosticado ao longo da vida.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o autismo não pode ser desenvolvido ao longo da vida. Uma pessoa não "vira" autista porque recebeu o diagnóstico. Na verdade o autismo sempre esteve ali, as dificuldades também, a diferença é que com o diagnóstico passa-se a ter conhecimento das razões pelas quais essas dificuldades se fazem presentes e assim a pessoa passa a ter maiores chances de conhecer a si mesma, receber o tratamento adequado e ter mais qualidade de vida.
O autismo é uma condição invisível. Não há características físicas que o caracterizem. E se for autismo moderado, as expectativas sobre comportamento e desempenho são altas. Esperamos que, se souberem falar, possam se comunicar para conversar, expressar suas emoções e ter empatia com o outro. Acreditamos que eles podem tomar decisões, resolver problemas e ser independentes porque são inteligentes. Acreditamos que eles podem ser flexíveis e se adaptar às mudanças, porque não precisam de histórias sociais ou pictogramas.
Crianças com autismo apresentam desenvolvimento atípico de regiões cerebrais conectadas à amígdala, uma estrutura cerebral do tamanho de uma amêndoa envolvida no processamento do medo e de outras emoções, segundo um novo estudo .
As regiões do cérebro mais afetadas variam entre meninos e meninas autistas, o estudo também mostra, aumentando o crescente corpo de evidências de diferenças sexuais no autismo, dizem os pesquisadores.
Uma melhor compreensão do desenvolvimento da amígdala e sua conectividade pode ajudar no desenvolvimento de novos biomarcadores para estudar o cérebro e a saúde social”, diz Emma Duerden , professora assistente de psicologia aplicada na Western University em Londres, Canadá, que não esteve envolvida no estudo.
AMÍDALAS CEREBRAIS
A amígdala é um centro central para os circuitos cerebrais envolvidos na função social. Estudos anteriores descobriram que ele está aumentado em algumas crianças autistas em comparação com crianças não autistas, uma diferença que pode estar ligada à ansiedade e à depressão .
Crianças autistas tinham regiões cerebrais maiores conectadas à amígdala do que crianças não autistas em todas as idades. As diferenças cresceram ao longo do tempo e foram mais aparentes entre as crianças autistas com dificuldades sociais proeminentes. Os pesquisadores não encontraram diferenças no tamanho das áreas do cérebro não diretamente conectadas à amígdala entre crianças com e sem autismo.
Lee observa que seu estudo examinou o papel do sexo biológico no autismo. “No entanto, o papel da identidade de gênero pode ser igualmente importante”, diz ele. “A identidade não conforme de gênero é notavelmente comum no autismo, mas tem recebido muito pouca atenção.”
Crianças com autismo apresentam desenvolvimento atípico de regiões cerebrais conectadas à amígdala, uma estrutura cerebral do tamanho de uma amêndoa envolvida no processamento do medo e de outras emoções, segundo um novo estudo .
As regiões do cérebro mais afetadas variam entre meninos e meninas autistas, o estudo também mostra, aumentando o crescente corpo de evidências de diferenças sexuais no autismo, dizem os pesquisadores.
Uma melhor compreensão do desenvolvimento da amígdala e sua conectividade pode ajudar no desenvolvimento de novos biomarcadores para estudar o cérebro e a saúde social”, diz Emma Duerden , professora assistente de psicologia aplicada na Western University em Londres, Canadá, que não esteve envolvida no estudo.
AMÍDALAS CEREBRAIS
A amígdala é um centro central para os circuitos cerebrais envolvidos na função social. Estudos anteriores descobriram que ele está aumentado em algumas crianças autistas em comparação com crianças não autistas, uma diferença que pode estar ligada à ansiedade e à depressão .
Crianças autistas tinham regiões cerebrais maiores conectadas à amígdala do que crianças não autistas em todas as idades. As diferenças cresceram ao longo do tempo e foram mais aparentes entre as crianças autistas com dificuldades sociais proeminentes. Os pesquisadores não encontraram diferenças no tamanho das áreas do cérebro não diretamente conectadas à amígdala entre crianças com e sem autismo.
Lee observa que seu estudo examinou o papel do sexo biológico no autismo. “No entanto, o papel da identidade de gênero pode ser igualmente importante”, diz ele. “A identidade não conforme de gênero é notavelmente comum no autismo, mas tem recebido muito pouca atenção.”
É preciso olhar para o/a aprendiz como um ser único e complexo, que tem potencial para expandir suas aprendizagens. Ver cada estudante como um ser humano com desejos, encantos e desencantos, e não olhar apenas para o diagnóstico!
Artigo: https://doi.org/10.53053/QVZJ8294
GAIATO, Mayra (2022)
https://neuroconecta.com.br/Acesso em agosto de 2022
Posts esclarecedores sempre!!
ResponderExcluir😍❤️
ExcluirMuito esclarecedor!!! Adorei! Parabéns Vany 🥰
ResponderExcluirObrigada 😍❤️❤️
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