quarta-feira, 27 de julho de 2022

O Que Não Dizer a Um Autista?

 Boa tarde!! Vamos falar sobre um assunto importante, porém polêmico

O que não dizer a um Autista?

- “Você fala?”

Sim, falo baixo! Mas, falo e entendo o que falam como todo mundo. Porém, nós autistas, temos várias formas de se comunicar. E, às vezes, não queremos falar.


- “Tem cura?”

Autismo não é doença, portanto não tem cura. Deus nos fez para fazer a diferença do jeito que somos!! Assim, são os autistas, eles podem fazer a diferença no mundo.

 

- “Todo mundo é meio autista”

Não existe "meio autista".

Há uma frase muito interessante da Psicóloga Sabrina Galaxe: "Se você conhece um autista, você conhece um autista!" Ou seja, cada autista é único.

 

- “Autista tem cara?”

Não. Não temos cara de autista. Apesar de ser invisível e imperceptível o saber que uma pessoa é autista, muitas vezes, acabamos descobrindo através do comportamento, mas autista não tem cara, nós temos um cérebro que funciona diferente.

 

- "Ah, mas você é tão inteligente!"

Todo ser humano é inteligente. Nós temos habilidades diferentes, mas, a gente pode tudo.

 

- Nunca responde por um autista.

Deixa-o responder, ele consegue! Aí você pode me perguntar:

"Mas, Vany, e quando o autista é não verbal, como ele vai responder?"

A sugestão que eu dou, é fazer um crachá, uma pulseira ou dar um papel com nome, idade, e o que quiser. Pode usar também imagens. Só não responde por ele.

 

- "Você não consegue! Deixa que eu faço para você!"

As pessoas autistas, tendem a ter um pensamento concreto, e, portanto, não conseguem usar, nem entender falas e expressões que sejam metáforas, tenham duplo sentido ou estejam no sentido figurado. Vários autistas são bastante literais.

 

- Nunca minta ao autista e não prometa o que não pode cumprir.

Fazendo isso, o autista pode perder a confiança em você.

 

- Não fale de forma infantilizada com o autista, porque nós entendemos tudo o que escutamos, somos normais e não precisamos disso.

 

Respeite o autista, acolhe e o entenda!

 

Espero que tenham gostado!!

 

Um abraço afetuoso

 

Profª Vany Haddad

 

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

GALAXE. Sabrina (2022)

GAIATO. Mayra (2022)


sexta-feira, 22 de julho de 2022

Entrevista: A Minha História de Vida e o Autismo

Boa tarde!!

Hoje vou passar um vídeo sobre a minha história de vida e o Autismo
Espero que gostem da entrevista 
Tema: O Adulto e o TEA: Existimos para a Sociedade?
Clica no Link abaixo:


Um abraço afetuoso
Profª Vany Haddad 

terça-feira, 12 de julho de 2022

A Palmada e o Impacto no Cérebro da Criança.


Boa noite!! Vamos falar sobre um tema polêmico: a palmada e como isso causa o impacto no cérebro da criança.

 

Educar é uma preocupação constante de muitos pais, que se questionam se a forma como criam seus filhos e estabelecem limites está adequada. Essa preocupação é legítima, pois a família consiste no primeiro ambiente social de que a criança participa, em que ela aprende regras e modos de se relacionar com o outro; assim, as interações familiares fundamentam as relações da criança na sociedade. Segundo a Educadora Cris Poli, a base necessária para a socialização da criança é de responsabilidade dos pais, os quais devem conferir ao filho um ambiente incentivador e seguro no qual ele possa desenvolver-se. A família possui a função de ser fonte de segurança, afeto, proteção e bem-estar.

É na família que a criança assimila algumas regras que posteriormente irá utilizar em outros ambientes, tais como a escola. A socialização da criança pode ocorrer por meio de vivências propostas nas práticas educativas parentais. Estas são estratégias que os pais utilizam para atingir objetivos específicos no que diz respeito a vários aspectos do comportamento infantil. Tais estratégias podem incluir a utilização de explicações e disciplina, bem como o uso de recompensas.

Bater não educa ninguém! Pelo contrário, violência gera violência e adultos que receberam educação severa e/ou foram vítimas de maus tratos na infância tendem a repetir essa experiência com seus próprios filhos. Assim, pessoas tratadas com severidade quando jovens crescem utilizando práticas similares, pois a falta de modelos positivos leva à aceitação da punição de seus pais como algo normal.

 

Portanto, deve-se ter ciência de que disciplinar significa estabelecer limites, ensinar comportamentos adequados e corrigir os inadequados, bem como ajudar a criança a desenvolver autocontrole, encorajando-a a aprimorar sua autoestima e sua autonomia.

Os três fatores que influenciam o comportamento humano: a herança genética, as aprendizagens realizadas desde o nascimento e as influências culturais presentes em todas as sociedades.

 Segundo a Pedagoga Joana Assunção, a palmada, causa sofrimento, dor social e física também. O impacto no cérebro é negativo. Pode gerar ansiedade e agressividade. Ativa as amígdalas.

proposta é que toda criança ou adolescente seja educada sem o uso de punições físicas, mesmo que s  As crianças e adolescentes precisam da nossa autoridade e direcionamento.

 

Então, não posso bater, não posso gritar, o que eu faço?

Primeira coisa que precisa esclarecer é diferenciar autoridade de autoritarismo. Enquanto a autoridade não é imposta e sim conquistada, o autoritarismo é imposto pela força e medo, ou seja, acaba perdendo o controle de si mesmo e isso leva os pais gritarem e baterem nos filhos para educá-los.

Disciplina não é castigo, é ensino. Ou seja, você estabelece as regras que você quiser que seu filho cumpra e que você espera dele. Não precisa gritar, bater, pois você está ensinando o seu filho o caminho que ele deve seguir e depende dele cumprir ou não o combinado.

Pode estabelecer uma rotina para organizar sua vida e das crianças.

O tempo de qualidade é fundamental para conhecer seus filhos, conversar e estar presente. Se você quer respeito, precisa respeitar também. A mudança precisa partir dos pais

 

Disciplina seus filhos com amor e respeito. O exemplo é a base de tudo!

Sorria, pois você está educando.

 

Espero ter ajudado!!

 

Um abraço afetuoso

 

Profª Vany Haddad

 

Referências Bibliográficas

POLI. Cris (2022)

ASSUNÇÃO. J (2022)